Antigamente as pessoas lavavam a roupa nos lavadoiros públicos. Alguns eram locais idílicos a meio dos campos cultivados, ou da folhagem dos bosques.
Lavavam-se as nódoas conhecidas e vulgares. Quanto às outras, que poucas seriam nessas épocas, desconhecidas e invulgares, poderiam ser imperceptíveis, mas duvido que passassem despercebidas.
É como agora, nos modernos escrevedoiros públicos. Cada um mostra o que quer… mas vê-se sempre mais.
Havia o gorgolejar da água no tanque, a frescura acariciante da erva, o convívio murmurejante das mulheres de saias largas e compridas, o cheiro da terra.
E a fonte, ou o curso do regato, onde se inclinavam mulheres com panos.- O que é que o seu homem andou a fazer, para ficar com essa camisa tão suja?
- Sei lá!..- Que fez a sua filha, para ter esse vestido rasgado?
- Sei lá!...
- E você, porque tanto esfrega esse pano que está limpo?
Viver é viver! E Rima.
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