terça-feira, agosto 31, 2010



"A vizinhança do mar destrói a pequenez"
Stendhal.
1ª foto - Em navegação
2ª foto - Museu da pesca, Palamós, Catalunha, Espanha

sábado, agosto 28, 2010

Navegaçoes

Balleira do navio Funchal, porto de Saint Tropez, França.
A caminho do navio, fundeado ao largo

sexta-feira, agosto 27, 2010

Navegações


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Porto de Saint Tropez

quinta-feira, agosto 26, 2010

Navegação




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Quando o navio fica fundeado ao largo, o embarque e o desembarque faz-se de lancha.
Chama-se baleeiras a estas embarcações, pois os navios de caça à baleia levam, ou levavam vários pequenos barcos acoplados, usados depois para as perseguir.
E depois é preciso içar tudo.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Lua Cheia





A Oriente, a lua, nascendo. A nordeste, a lua. A Norte a Europa, Ao sul, a África. Breve momento de passagem.

Fecham-se-me os olhos doridos e cansados de terem visto tanta beleza e tanta luz.

Guardarei dentro de mim a memória deste esplendor luminoso para o recordar no Inverno e nas noites sem lua.

(Estreito de Gibraltar, lado Norte, Europa)

Para o Luis Miguel, o Joao e outros amantes de navios








Porto de Ajaccio, Corsega


terça-feira, agosto 24, 2010

segunda-feira, agosto 23, 2010

Navegações



Por mares já muito navegados, mas sempre misteriosos e inauditos.

quarta-feira, agosto 11, 2010

A BELEZA ESCONDE-SE DE QUEM NÃO A PROCURA

segunda-feira, agosto 09, 2010

Solidão

"A minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas... detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeira companhia."
Friedrich Nietzsche

quinta-feira, agosto 05, 2010

Pôr-do-sol de Verão, visto de Lisboa










Pôr-do-sol de Verão, visto da minha janela
Com aquela "gaivota que anda perdida" pelos céus de Lisboa
Rastos de aviões nas nuvens e os meus pés

terça-feira, agosto 03, 2010

Serenata de Schubert



No fim do vídeo aparecem outros. Basta clicar na imagem para os ouvir.
Clicar nas quatro setas concêntricas, do lado direito, para ver em écran completo.
Ou abrir outra página e apenas ouvir o som.

domingo, agosto 01, 2010

A Masseira Sombria


A minha mãe tinha nove irmãos e uma mãe que os espancava a todos. Tinha um pai, desertor da guerra de 14-18 - poucos portugueses foram para essa guerra e muitos menos escaparam com vida, para além dos desertores, que escaparam todos, claro... este pai defendia os filhos.

A mãe da minha mãe tinha uma masseira. Era uma peça de mobiliário destinada a amassar a farinha para fazer pão, e que também servia de mesa. A parte de amassar era destacável e tinha vagamente a forma de um barco. Ou talvez de um pequeno caixão. Todos os caixões são navios que nos transportam...

Num belo e quente dia de Verão, a minha mãe e uns irmãos mais novos levaram a parte de cima da masseira para um pequeno riozinho, o que se chama um ribeiro. A masseira flutuava bem e eles navegaram felizes toda a tarde, rio abaixo. Este ribeirinho ia dar ao Rio Douro, mas não foi dar. Só havia um remo, que era a pá do forno e, quanto ao leme, não havia.

Quando chegaram a casa (nem chegaram por si, foi preciso ir buscá-los) apanharam todos uma grande surra. Mas a minha mãe contava isto como uma coisa muito gira que tinha feito... muito boa...

De todas as vezes que embarquei, às vezes em navios de luxo, senti que tinha embarcado clandestinamente na masseira da minha avó, com a minha mãe e os meus tios, no riozinho de prata que ia dar ao rio Douro, mas não foi.

E talvez todos os navios tenham começado por ser assim, masseiras sombrias e clandestinas, deslocadas da terra para o mar, possuídas pela vibração das marés e pelo sonho de navegar: assim como todas as descobertas marítimas começaram por ser naufrágios.

A masseira continua parada no mesmo sítio, sombria e lúgubre, como que fundeada, talvez ainda ansiando pelo mar.

Hoje, dia um de Agosto, quero homenagear a minha mãe no dia em que ela morreu. Há muito tempo, tinha eu 18 anos.

E gosto de a lembrar assim: não morta, mas viva, alegre, feliz e criança: a desafiar o "poder" e a sentir-se encantada por o ter feito. Recordando esses momentos com prazer durante toda a vida.

Infância: tempo de navegar em algo de imaginário mas quase real. Tempo de partir sem levar nada, por ainda não se ter nada. E sem receio de naufragar e perder tudo. Sem receio de que vá tudo "por água abaixo". Porque ainda não temos nada.

P.S.: Programei a mensagem para ser publicada hoje, 1 de Agosto, às oito da manhã.
Graciete Nobre
A foto extraída deste blogue CLICAR AQUI: a masseira parece ser uma miniatura, assim como a pá, pelo menos imagino-os e recordo-os bem maiores e sem pinturas. Era também na parte de cima que se guardava o pão.