sábado, maio 30, 2009

Modernidade

Já falei, num dos meus blogs, do chamado aborto selectivo. Pratica-se sobretudo no Oriente (em todo o Oriente) para eliminar filhas indesejadas.
É claro que haverá em breve maneiras menos drásticas e menos dramáticas de escolher o sexo das crianças, para nem falar na clonagem.

Imaginem o que aconteceria num futuro próximo, se já fosse possível fazer isso.
O Oriente ficava sem mulheres e o Ocidente ficava sem homens.
Quem é que quer ou quererá um rapazola que vai andar a gastar as calças nos bancos da escola sem nenhum sucesso e que se vai, previsivelmente, baldar para os pais quando forem velhos? Ou mesmo que não se balde, que lhes poderá esta criatura dar, de bom e de útil?
É claro que todos querem uma rapariga. que vai ser boa estudante, boa profissional, boa cozinheira, filha exemplar, etc....

quinta-feira, maio 28, 2009

A Amizade (ainda)

Sim. Como poderia ter dito a raposa do Principezinho, a maioria das relações entre os homens (seres humanos, claro) baseia-se na dependência, no conformismo e na rotina.
A raposa não disse nada disso, portanto vou eu dizê-lo. Que estou aqui para escrever.

Tenho ouvido defender a rotina nos relacionamentos humanos como algo que não se pode evitar. Ouvi-o a uma amiga que morreu recentemente. Talvez por não ter entendido que a vida não é necessariamente uma chatice.
Que a amizade pode ser algo que começa de novo e para sempre, algo que pode e deve ser inventado.
Que o amor tem sido constantemente confundido com outras coisas.
Que a amizade e o amor só podem ser um milagre.
A ter sido inventado.
Por nós. Os actuais habitantes do planeta.
Porque já foram obrigatórios. E talvez ainda o sejam.
Porque a vida a sério é uma guerra aberta contra a mediocridade, a preguiça e o conformismo.
Porque a mizade, se não é, devia ser outra coisa.
Uma relação do espírito com o mundo. Contra a estupidez, a mediocridade, o conformismo, a banalidade, a monotonia, tudo coisas que devemos deixar dependuradas nas cordas de secar do tempo, para que venham a ter pertencido ao passado.

Graciete Nobre

(Texto escrito de improviso, a ser alterado)

sábado, maio 23, 2009

Amizade / Amor

Eis o mais lindo texto que jamais se escreveu sobre amizade, que parece muito com o amor.

"Vês, ali, os campos de espigas? Eu não como pão. Para mim, o trigo é inútil. Os campos de espigas nunca significaram nada para mim. E isso é muito triste! Mas tu... Tu tens o cabelo cor de ouro. Quando te tiveres ido embora, o trigo dourado fará lembrar-me de ti. E pela primeira vez amarei o ruído do vento no trigo...
-Adeus - disse o principezinho.
-Adeus - disse a raposa, e ficou durante muito tempo a olhar extasiada para os campos de trigo e a ouvir o vento assobiar entre as espigas.
O principezinho seguiu o seu caminho e notou com alegria que cada árvore lhe recordava a cor do pêlo da sua amiga raposa."


O Principezinho / Le Petit Prince, Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, maio 20, 2009

Und mehr blumen fur

 

 

 

 
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Flores para...

 

 

 

 

Blumen für die Mutter-Tochter
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terça-feira, maio 19, 2009

Flores para vocês

 

Beijinhos
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terça-feira, maio 12, 2009

Rosmaninho

 

Não tenho tido tempo nem disposição para escrever, pelo que peço desculpa aos fregueses habituais deste blogue.
Beijinhos e este rosmaninho.
Viva a Primavera!
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quarta-feira, maio 06, 2009

Torna a Surriento

E já agora, fica aqui uma das minhas canções favoritas. Uma minha muito jovem amiga (tenho muitos amigos muito jovens) diz que eu tenho muitos livros preferidos, muitas canções preferidas. uma delas é Torna A Sorriento. Escusado será dizer que isto não é italiano, mas sim dialecto. Talvez Napolitano.


Encontra-a aqui por muitos intérpretes, todos bons



Letra


Viede 'o mare quant'è bello
Spira tantu sentimentu
Comme tu a chi tiene mente
Ca scetato 'o fai sunnà,
Guarda guà chisto ciardino;
Siente, siè, sti sciure arance:
Nu prufumo accussi fino
Dint'o core se ne va...


E tu dice: "Ìparto, addio!" bis
T'alluntane da stu core... bis
Da sta terra de l'ammore bis
Tieno 'o core 'e nun turnà? bis


Ma nun me lassà, bis
Nun darme stu turmiento! bis
Torna a Surriento, famme campà! bis


Vide o mare de sorriento
Che tesoro tene 'nfummo
Chi a girato tutto munno
Non lha visto comme accá
E tu dice io parto addio etc.