quarta-feira, novembro 26, 2008

O Velho Moinho

No fundo do vale o ribeiro de águas mansas
macias e tranquilas nos espera


Corre sempre, levemente, lugar escondido de paz
Salgueiros de folhas glaucas como a água se inclinam
no seu curso em solene homenagem.


Para lá chegar temos que descer o monte:
Tojos, silvas, urtigas cor de esmeralda,
ásperas nos arranham a pele.


Não passes, dizem. Não procures o caminho
O ribeiro é um mistério que não deves desvendar
Volta para trás--dizem --pára!


A lua cheia ilumina docemente o ribeiro escondido
atravessando a sombra das altas árvores que o cercam


Parada entre salgueiros a pequena enseada
Devolve à lua os raios de luar
silenciosa homenagem da terra líquida ao universo vazio
O moinho abandonado recorda outros tempos que já foram.


Graciete Nobre

terça-feira, novembro 25, 2008

"Bound for Distant Shores"

"Bound for Distant Shores"

Este é mais um quadro de Vladimir Kush.
Gosto muito deste pintor. Também gosto muito de Salvador Dali, embora sejam bem diferentes... (há quem os confunda). Este é mais ingénuo.
Agrada-me nos dois a criação de amplos espaços para lá do real, com dimensões alteradas como as dos sonhos.
Creio que a pintura conseguiu melhor do que outras artes e do que a literatura exprimir e inventar estas visões, que correspondem ao programa surrealista.
Em Vladimir agrada-me a constante presença do mar, que adquire dimensões interiores e oníricas, mesmo quando apela à distância e ao infinito. Faz-me lembrar aquele poema de Pessoa:
"E outra vez conquistemos a Distância
Do mar ou outra, mas que seja nossa!"
Esta é a nossa Distância.

Ondulações do Oceano



Ripples on the Ocean


Andava à procura desta pintura do surrealista Vladimir Kush. É bonita, não é?

Continuo à procura de uma outra parecida com esta.

É um pintor surrealista russo.

Ver mais em

domingo, novembro 23, 2008

A minha sombra


Auto-retrato da Sombra em Lisboa (como se vê pelo pavimento).
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quarta-feira, novembro 19, 2008

Casa Arquetípica



Casinha arquetípica: vejo-a da minha janela e já a fotografei muitas vezes...
Citando Garrett: " Quem terá o bom gosto [...] de morar ali?"
É uma casita pobre e creio que de habitação clandestina, mas a mim parece-me sempre que as casinhas muito simples, muito pequenas e isoladas é que dão a sensação de estar numa casa.
A sensação de estar protegida dos elementos essenciais, chuva, neve...
Agora que ando a experimentar a máquina fotográfica nova, vou publicar fotografias de casinhas minúsculas, dentro e fora de Lisboa.
(Também vou tentar fotografar galinhas, mas isso é para pôr no Terra Imunda. :))
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terça-feira, novembro 18, 2008

Portas do Mar: É por aqui que se vai...

Posted by PicasaVejam só os nomes das coisas...
Também é importante que as Portas do Mar sejam escadas.

Portas do Mar

Em pleno cenro de Lisboa, as pessoas têm vasos de plantas à porta das casas...

Escadinhas das Portas do Mar
Também vi isto em Dubrovnik. Creio que tenho essa foto no Terra Imunda. Vou procurá-la.

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domingo, novembro 16, 2008




Cais fluvial do Cais do Sodré - edifício novo
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quinta-feira, novembro 06, 2008

Céu de Lisboa


Céu de Lisboa e Lisboa sob o seu céu.
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sábado, novembro 01, 2008

Mais tintas em Bakersfield





E fica a sugestão que li na net e veiculei aqui. Pode não ser muito legal, mas quem nos impede de imprimir uma fotografia destas, ampliada, mandar encaixilhá-la e pô-la na parede da sala? ou noutra parede, da cozinha, da casa de banho...