domingo, junho 22, 2008

Ainda o " Romance do Gengi"

Quem começar a ler isto livro sem saber nada sobre a época em que foi escrito, ficará com a impressão de se tratar de um vulgar romance histórico, escrito na actualidade. Seja isto dito em desabono do romance histórico...


Lê-se de facto com prazer e curiosidade. O que mais impressiona é a extrema sensibilidade e delicadeza das personagens, sobretudo dos homens.
Em notas de rodapé é-nos explicado que houve de facto uma época em que os homens japoneses cultivavam a fragilidade, a delicadeza, antes de passarem ao oposto, aos Samurais.
O livro foi escrito cerca do ano mil, tendo havido antes disso 400 anos de paz, em que as virtudes guerreiras não eram necessárias.
As personagens choram muito por tudo e por nada, comovem-se extremamente por causa de uma flor, Gengi, por exemplo reage assim.
Gengi é a personagem principal, um príncipe extraordinariamente belo e perfeito em tudo. Até os velhos que só desejavam a morte, sentiam, só de o verem, o desejo de continuar a viver ou pelo menos a gratidão de terem vivido até ao momento de o verem...
Talvez continue a falar sobre este livro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante seus escritos sobre O Romance do Gengi, estou curiosa em ler, continue a escrever. No Rio de Janeiro, fui ver uma mostra multidisciplinar em comemoração ao centenário da imigração japonesa para o Brasil, apresentando a cultura nipônica em quase todas as suas manifestações artísticas e culturais, desde os seus aspectos tradicionais até nossos dias. Fiquei encantada com as peças entre cerâmicas, pipas, vestuário ( a delicadeza dos bordados nas roupas dos Samurais, são esplendorosas), telas, ikebanas, cartazes de animês, armaduras de samurai, espadas e outros objetos.

Te abraço
Eliane