
Só agora, que está quase no final, é que eu pude ir ver esta peça, encenada por fernanda Lapa no Teatro Nacional.
Do fundo dos tempos Eurípides fala-nos pela voz duma mulher, ou várias, mas é uma voz que conhece o mar visto do mar, as tormentas e os rochedos onde a água se quebra e tudo se despedaça.
Para fazer teatro bem é preciso conhecer tudo isto, ter conhecido o terror, ter sabido o sabor amargo dos dias amargos. E o milagre dos dias auspiciosos e felizes.
Ter conhecido o sal da água do mar e o sal da água do corpo.
Creio que Turner também mostrou tudo isto nesta e noutras obras.

Nenhum comentário:
Postar um comentário