sexta-feira, dezembro 14, 2012

Dia da aletria

Um dia como hoje, tão chuvoso, húmido, aquático e sombrio, desperta-me sempre a nostalgia de navegar. Ou de comer aletria quente, que para mim, desde a infância é a "comida da chuva". 
Mas não sei fazer.

A chuva cai torrencialmente sobre o telhado de telhas de ardósia. A aletria quente rescende a doçura ou a maresia, apelando para horizontes distantes, longínquos, para viagens a outro lado, ali de onde a chuva vem.

É doce, macia, sabe a Natal, sabe à infância, sabe ao calor no inverno, sabe a estarmos todos dentro da mesma casa, no conforto, no aconchego do afeto.

Sabe ao passado, sabe ao futuro. Sabe a viver. Sabe à nostalgia de viver, uma das agri-doces sensações de calcorrear os caminhos.

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