sexta-feira, maio 25, 2012



Por Kiri Te Kanawa




O mio babbino caro,
mi piace,  bello bello,
vo andare in Porta Rossa
a comperar l'anello!

Si, si, ci voglio andare!
E se l'amassi indarno,
andrei sul Ponte Vecchio
ma per buttarmi in Arno!

Mi struggo e mi tormento,
O Dio! Vorrei morir!
Babbo, pietà , pietà !
Babbo, pietà, pietà !



E pela indescritível Maria Callas






Da ópera  opera Gianni Schicchi (1918), de Giacomo Rossini. 

quinta-feira, maio 17, 2012

IMPROVISO de Natália Correia




Um amigo meu, ou antes, alguém que ficou meu amigo depois disto, José Daniel Soares Ferreira, colocou no meu Facebook a cópia que fez este disco de vinil, Improviso, com poemas de Natália Correia, declamados pela própria.
Nem eu conhecia isto, nunca sequer tinha ouvido falar.
Mas, pelo minuto 20, talvez um nadinha antes, está um dos meus poemas preferidos, ou talvez o meu preferido, desta autora.
Intitula-se "Núpcias Químicas" e está neste mesmo blogue


AQUI


P.S.: Este conceito de "Núpcias Químicas" relaciona-se com a alquimia e também com outros rituais iniciáticos.
O lado espiritual e iniciático da obra de Natália ainda não está estudado, mas, em breve, vou colocar no Kindle a tese que fiz sobre a sua poesia, desenvolvendo este e outros aspetos, totalmente desconhecidos.
Estive para a publicar há vários anos, mas acabei por não assinar o contrato com o editor, que me deu cabo da paciência, do juízo e do tempo que perdi com isso. 


Se me arrependi? Não. O tempo mudou, tudo mudou, eu mudei. A Natália não.


Um dos motivos para este e outros documentos não serem conhecidos é a clandestinidade a que foi votada grande parte da obra de Natália Correia e da obra dos seus amigos.


O grande problema da ditadura salazarista, neste e noutros casos culturais é o não distinguir o bom, do mau, do assim assim, do medíocre. De facto, depois do 25 de Abril, quem tivesse uma obra clandestina e censurada, era considerado bom ou ótimo, dependendo do engagement político. Tal como foram esquecidos e ignorados alguns autores que eram a favor ou simplesmente não eram contra Salazar.


- Tudo isto parece mau ??? - pergunta a Nadinha...
- Só porque ainda não perceberam que agora é pior... - responde a Nadinha.


Agora, publicam-se, vendem-se aos molhos e propagandeiam-se aos molhos os livros que sejam populares e comerciais, sem qualquer respeito pela própria literatura que assim se limita à sua função de  contar histórias. histórias que estejam na moda. 


Ouvi a Natália Correia, intransigente defensora da cultura e em particular da cultura portuguesa, como muitos amigos a ouviram, dizer assim:


- Vêm aí tempos muito maus no aspeto cultural. Espero já não viver nesse tempo!


Morremos quando estamos fartos? Creio que sim.




Assinado: Nadinha






sábado, maio 12, 2012

Regressa sempre, o Tempo das Cerejas


Ver posts anteriores, neste blogue, clicando abaixo em Cerejas.

sexta-feira, maio 11, 2012

Jacintos para o espírito

"Se só tens duas moedas, com uma compra pão, com a outra compra jacintos para o espírito" - poeta persa, citado no filme italiano de Ermanno Olmi Cantando Dietro i Paraventi

sábado, maio 05, 2012

Lua Dourada







Celebra-se hoje em muitos lugares do Oriente uma festa importante, um dos mais importantes festivais da lua cheia, o Wesak, o Festival da Iluminação de Buda.
Simboliza também uma ligação espiritual entre o Oriente e o Ocidente, pois acredita-se que Buda se encontra neste dia com Cristo.


VER AQUI  (Estas coisas nunca existem em português, na Wikipédia, mas há muitas noutros sítios)

sexta-feira, maio 04, 2012

Aux marches du palais... (na escadaria do palácio...)








Quase pouco me lembrava desta bela chanson francesa. Aqui deixo a letra (paroles) e dois vídeos diferentes em termos de interpretação: de Nana Mouskouri e de Marie Laforêt. Ou vice-versa, uma com uma interpretação sensitiva e doce, a outra com uma voz potente e "colorida".



Letra
Aux marches du palais 
Aux marches du palais 
Y a une tant belle fille lonla, 
Y a une tant belle fille. 


 Elle a tant d'amoureux 
Qu'elle ne sait lequel prendre. 


 C'est un p'tit cordonnier 
Qu'a eu sa préférence. 


 C'est en la lui chaussant 
Qu'il lui fit sa demande. 


 La belle si tu voulais 
Nous dormirions ensemble. 


 Dans un grand lit carré 
Orné de toile blanche. 


 Aux quatre coins du lit 
Un bouquet de pervenches. 


 Dans le mitan du lit 
La rivière est profonde. 


 Tous les chevaux du roi 
Pourraient y boire ensemble. 


 Et nous y dormirions 
Jusqu'à la fin du monde