terça-feira, abril 26, 2011
domingo, abril 24, 2011
sexta-feira, abril 22, 2011
quinta-feira, abril 21, 2011
segunda-feira, abril 18, 2011
Natália Correia
Tive o grande prazer e a honra de ter sido amiga desta mulher, que admirei desde muito jovem.
Natália Correia.
Escrevi uma tese de Mestrado sobre ela, que talvez não valha a pena publicar, intitulada: A Poesia de Natália Correia e o espírito da Heterodoxia. Nela analiso vários aspectos da sua obra e em particular um, pouco conhecido e difícil de entender, uma visão heterodoxa da mística, num capítulo a que ela mesma atribuiu o título de "A Heterodoxia do Sagrado". Esta é a parte mais original do que escrevi.
Natália morreu antes de eu ter redigido a obra. Se algum dia publicar esse meu texto, será por ela e não por mim, pois não sinto o desejo de o fazer. Tem 200 páginas A4.
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Literatura Portuguesa,
Meus Textos,
Poesia
sábado, abril 09, 2011
Muitos dormem
A seda azul dos dias / A seda azul das noites
A noite vai descendo lentamente, muito lentamente
Sobre esta parte da terra antes do mar,
No centro do Ocidente do mundo (conhecido)
A dádiva do repouso acaricia finalmente
As nossas cabeças inclinadas, entregues à febre do tempo
Muitos nunca vão esquecer este dia que agora acaba em sombras,
Quase todos o olvidarão para sempre
A luz desaparece lentamente, muito lentamente...
Ouvem-se as vozes, diálogos familiares, falas tranquilas do dia que assim se extingue na cidade
Ouvem-se os sons da água que corre, invisíveis cascatas, ou fontes dos jardins escondidos e dos quintais ocultos
Ouve-se o som surdo das rodas dos automóveis, cada vez mais espaçado, mais lento, na cidade que repousa
Muitos dormem
Graciete Nobre
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Esboço de Poesia,
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domingo, abril 03, 2011
Lisboa luminosa e mineral
« Dis-moi, mon âme, pauvre âme refroidie, que penserais-tu d'habiter Lisbonne ? Il doit y faire chaud, et tu t'y ragaillardirais comme un lézard. Cette ville est au bord de l'eau; on dit qu'elle est bâtie en marbre, et que le peuple y a une telle haine du végétal, qu'il arrache tous les arbres. Voilà un paysage selon ton goût; un paysage fait avec la lumière et le minéral, et le liquide pour les réfléchir !
Mon âme ne répond pas.»
Mon âme ne répond pas.»
in O Spleen de Paris - pequenos poemas em prosa, de Charles Baudelaire
Possível tradução
"Dize-me tu, minha alma, pobre alma friorenta, que pensarias tu de viver em Lisboa? Deve lá fazer calor, e podias regalar-te como um lagarto. A cidade ergue-se à beira d'água; dizem que é construída de mármore, e que o povo tem tanto ódio ao vegetal que arranca todas as árvores. Eis uma paisagem a teu gosto; uma paisagem feita de luz e de mineral, com o líquido para os reflectir!"
A minha alma não responde.
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