quinta-feira, março 17, 2011

As arcas do tesouro

Comprarei as arcas para guardar os meus tesouros:
As pérolas da chuva, as lágrimas de contemplar a imensa beleza,
O cheiro a maresia nos dias de nevoeiro,
O por-do-sol sobre uma montanha asiática,
Um navio passando entre a terra e a ilha, de noite,
A estátua de Vénus imaginada nesse espaço nocturno, invisível,
A beleza dentro dos livros,
As palavras tão doces, tão selvagens,
As mil flores que florescem nas bordas dos caminhos,
Os bosques distantes sob a chuva,
A doçura dos abraços


Guardarei todas estas maravilhas que vivi dentro destas arcas que colocarei sobre o terraço ao ar livre, por não caberem na escuridão.


Graciete Nobre

(Este é um post antigo que tinha apagado e que republiquei. Os comentários são antigos, excepto o último até agora, que diz: "frágilperene como...nós".)

6 comentários:

ematejoca disse...

Nunca ouvi falar da Graciete Nobre, mas gostei do poema.
Não me quer dizer alguma coisa sobre ela?

Aufwiedersehen!

Nadinha disse...

Publicou recentemente um primeiro livro chamado "Imaginália" na editora Luz das Letras, onde podes ver a fografia e a biografia (no site da editora). É uma obra de ficção, algo poética.
Este blogue tem vários poemas dela, incluindo os que estão assinados por mim :)...
Aufwiedersehen! Danke Schon

Andarilha disse...

Linda poesia.Parabéns. Vou tentar chegar a Imaginália. O blog "Notas... está com novo endereço, passe lá.
Beijocas

p.s Ainda estamos no Verão, mas a Primavera é sempre bemvinda pela palavras que voam pelo espaço. Viva a Primavera.
Andarilha
www.notasobreosdias.blogspot.com/

Nadinha disse...

Tentei ir lá, mas não consegui... acho que você complicou demais o acesso...

Anônimo disse...

E agora, vemmmmmmmm

http://notasobreosdias.blogspot.com/
Andarilha

Anônimo disse...

Gostei, Nina!
fragil e perene
como...nos?

Um abraço

E.