No fundo do vale o ribeiro de águas mansas
macias e tranquilas nos espera
Corre sempre, levemente, lugar escondido de paz
Salgueiros de folhas glaucas como a água se inclinam
no seu curso em solene homenagem.
Para lá chegar temos que descer o monte:
Tojos, silvas, urtigas cor de esmeralda,
ásperas nos arranham a pele.
Não passes, dizem. Não procures o caminho
O ribeiro é um mistério que não deves desvendar
Volta para trás--dizem --pára!
A lua cheia ilumina docemente o ribeiro escondido
atravessando a sombra das altas árvores que o cercam
Parada entre salgueiros a pequena enseada
Devolve à lua os raios de luar
silenciosa homenagem da terra líquida ao universo vazio
O moinho abandonado recorda outros tempos que já foram.
Graciete Nobre
Construções agrárias antigas
Há um mês