Lugar das escritas e das artes. Em oiro.
E dos pássaros...
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Deus dá-nos uma noite todos os dias
Um comentário:
Anônimo
disse...
Esse apelo, lembrou-me...Baudelaire, tradução Jorge Pontual
A uma passante
O alarido da rua me ensurdecia. Longa, magra, enlutada, altaneira dor, Ela passou, com um gesto superior, Balançando os punhos de passamanaria,
Ágil e nobre, no caminhar de vestal. E eu bebia, como quem mal se agüenta, No seu olhar, céu negro prenhe de tormenta, O afeto que fascina e o prazer mortal.
Um raio... e logo o breu! Fugidia beldade, Cujo olhar me fez renascer de uma só vez, Só poderei rever-te na eternidade?
Longe daqui! Tarde demais! Jamais talvez! Não sabes onde vou e não sei onde ias, Tu que eu teria amado, tu que o sabias!
A Nadinha é a minha pseudo-heterónima. É a protagonista das minhas viagens marítimas, as reais e as sonhadas.
Quanto a mim, considero-me uma neófita na vida e em tudo.
Todos os textos e fotos aqui apresentados, ou são originais, ou é indicada a sua proveniência.
Um comentário:
Esse apelo, lembrou-me...Baudelaire, tradução Jorge Pontual
A uma passante
O alarido da rua me ensurdecia.
Longa, magra, enlutada, altaneira dor,
Ela passou, com um gesto superior,
Balançando os punhos de passamanaria,
Ágil e nobre, no caminhar de vestal.
E eu bebia, como quem mal se agüenta,
No seu olhar, céu negro prenhe de tormenta,
O afeto que fascina e o prazer mortal.
Um raio... e logo o breu! Fugidia beldade,
Cujo olhar me fez renascer de uma só vez,
Só poderei rever-te na eternidade?
Longe daqui! Tarde demais! Jamais talvez!
Não sabes onde vou e não sei onde ias,
Tu que eu teria amado, tu que o sabias!
besos
Andarilha
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