terça-feira, outubro 30, 2012
La Belle Verte
La Belle Verte - versão completa, com legendas em português
Filme francês de 1996, escrito e dirigido por Coline Serreau, que também é a personagem central.
domingo, outubro 28, 2012
DIA DE NADA
VAMOS COMEMORAR O SER HOJE DIA DE NADA
PODE SER COM CHAMPAGNE
OU APENAS COM MUITA ALEGRIA E SEM DEMONSTRAÇÕES EXTERIORES
NOS DIAS DE NADA NÃO SOMOS OBRIGADOS A FAZER NADA
A ESTAR ALEGRES OU TRISTES OU SISUDOS OU RIDENTES
NÃO SOMOS OBRIGADOS A DIZER NADA: SENSATO, ESTÚPIDO, CONVENCIONAL, ABSURDO
NÃO, NOS DIAS DE NADA, COMO NO DIA DE HOJE, PODEMOS COMEMORAR O SIMPLES EXISTIR
MAS TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA, DA REPÚBLICA, DA MONARQUIA, DO BEM, DO MAL, DA IGREJA, FALTA DE FÉ, DA FÉ...
TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA
APROPRIARAM-SE DOS NOSSOS DIAS PARA SEREM DIA DE ALGUÉM E NÃO DIAS NOSSOS
APROPRIARAM-SE DAS NOSSAS HORAS PARA SEREM A HORA DOS OUTROS COMO ANTES ERAM AS HORAS DE DEUS
PORQUE AGORA DEUS SÃO OS OUTROS: OS HOMENS DO DINHEIRO, OS HOMENS DO PODER, ELES DESEJAM SER DEUSES
E NÓS, SE CALHAR, DESEJAMOS INCENSAR OS DEUSES:
OS DEUSES DO PROGRESSO, OS DEUSES DA DÍVIDA, OS DEUSES DO PERDÃO DA DÍVIDA
OS DEUSES DA PLUTOCRACIA, OS DEUSES DA DEMONOCRACIA...
OS DEUSES DE NADA. OS DEUSES DE COISA NENHUMA. OS SERES SEM IMPORTÂNCIA.
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DO NOSSO DESASSOSSEGO.
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA INGENUIDADE
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA EXTREMA BONDADE
OS CANALHAS. OS ANDRÓIDES. OS OMPHALONS! OS UMBIGOS DO MUNDO!
OS QUE DESTROEM OS MILHÕES DE UMBIGOS DO MUNDO
OS QUE JULGAM SER OS ÚNICOS UMBIGOS DO MUNDO!
(Espécie de poema em construção - talvez continue)
PODE SER COM CHAMPAGNE
OU APENAS COM MUITA ALEGRIA E SEM DEMONSTRAÇÕES EXTERIORES
NOS DIAS DE NADA NÃO SOMOS OBRIGADOS A FAZER NADA
A ESTAR ALEGRES OU TRISTES OU SISUDOS OU RIDENTES
NÃO SOMOS OBRIGADOS A DIZER NADA: SENSATO, ESTÚPIDO, CONVENCIONAL, ABSURDO
NÃO, NOS DIAS DE NADA, COMO NO DIA DE HOJE, PODEMOS COMEMORAR O SIMPLES EXISTIR
MAS TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA, DA REPÚBLICA, DA MONARQUIA, DO BEM, DO MAL, DA IGREJA, FALTA DE FÉ, DA FÉ...
TODOS OS DIAS É OFICIALMENTE DIA DE QUALQUER COISA
APROPRIARAM-SE DOS NOSSOS DIAS PARA SEREM DIA DE ALGUÉM E NÃO DIAS NOSSOS
APROPRIARAM-SE DAS NOSSAS HORAS PARA SEREM A HORA DOS OUTROS COMO ANTES ERAM AS HORAS DE DEUS
PORQUE AGORA DEUS SÃO OS OUTROS: OS HOMENS DO DINHEIRO, OS HOMENS DO PODER, ELES DESEJAM SER DEUSES
E NÓS, SE CALHAR, DESEJAMOS INCENSAR OS DEUSES:
OS DEUSES DO PROGRESSO, OS DEUSES DA DÍVIDA, OS DEUSES DO PERDÃO DA DÍVIDA
OS DEUSES DA PLUTOCRACIA, OS DEUSES DA DEMONOCRACIA...
OS DEUSES DE NADA. OS DEUSES DE COISA NENHUMA. OS SERES SEM IMPORTÂNCIA.
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DO NOSSO DESASSOSSEGO.
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA INGENUIDADE
AS CRIATURAS IMPERFEITAS DA NOSSA EXTREMA BONDADE
OS CANALHAS. OS ANDRÓIDES. OS OMPHALONS! OS UMBIGOS DO MUNDO!
OS QUE DESTROEM OS MILHÕES DE UMBIGOS DO MUNDO
OS QUE JULGAM SER OS ÚNICOS UMBIGOS DO MUNDO!
(Espécie de poema em construção - talvez continue)
Etiquetas:
A Beleza do Mundo,
Esboço de Poesia,
Impressões
sábado, outubro 20, 2012
Pássaro Quetzal Resplandecente - entre a realidade e o mito
Este é o pássaro Quetzal Resplandecente, ave sagrada dos Maias. A palavra significava "penas da cauda" e os reis usavam cocares feitos com elas. É também designado por serpente de penas.
Os Maias acreditavam que não sobrevivia em cativeiro, pelo que o consideravam o próprio símbolo da liberdade. Assim, capturavam-no, arrancavam-lhe as penas e voltavam a libertá-lo para que as regenerasse. Vive atualmente em zoos, é já muito raro na natureza por ser muito perseguidos por caçadores.
Tem uma relação simbiótica com os abacates selvagens, que engole inteiros, disseminando as sementes, permitindo a sua reprodução.
A Guatemala valoriza-o ao escolhê-lo para pássaro nacional e ao dar o seu nome à moeda local.
As penas da cauda do macho foram usadas como dinheiro em variadas terras, desde o Novo México até ao sul dos Andes.
Enfim, é tão belo, que se situa entre a realidade e o mito. A realidade nunca nos parece assim tão esplendorosa. Nem, muito menos, resplandecente.
(Foto da net)
Ver também neste blogue Aves do Paraíso
sexta-feira, outubro 19, 2012
Tempo bem vivido, tempo mal vivido
Antes de haver Internet, fixei de memória uma ideia, sem fixar a citação, creio que de Luís António Verney, a não ser que fosse de António Vieira. Sei que era mencionada num livro de estudo chamado Seleta Literária...
A ideia é esta:
Quando um período da nossa vida é bem vivido, temos a impressão, enquanto o vivemos, de que o tempo voa, mas, quando o recordamos, temos a impressão de que foi muito longo e preenchido (imaginem uma semana de férias em viagem, por exemplo, que parece mais cheio do que o ano inteiro).
Inversamente, um tempo mal vivido parece que se arrasta indefinidamente, os dias nunca mais acabam, mas, quando o recordamos, temos a impressão de que esse tempo nem existiu, pois não há nada a recordar.
Se alguém souber o autor e a citação exata (se tiver a tal seleta Literária), que diga.
terça-feira, outubro 16, 2012
Iluminuras
Guillaume Vrelant (Pintor e iluminista do Século XV)
Frontispiece of Book IX by Valère Maxime
A imagem representa os banhos públicos (medievais), locais e motivos de pazer, como se vê claramente na imagem.
segunda-feira, outubro 15, 2012
Maternidade espiritual? Que outra maternidade? "L'amour en plus"
O que é ser mãe? O que é ser filho? Talvez dar leitinho? A estes patinhos?
Vejamos:
Elisabeth Badinter, no seu livro O Amor Incerto: História do Amor Maternal do sec. XVII ao sec. XX, (*) demonstra que o amor maternal não é natural, antes uma criação cultural, algo de adquirido pela civilização. O livro só se refere a pessoas, mas os animais parecem querer dizer-nos algo mais. Civilização? Aquisição cultural?
"1780: o tenente de polícia Lenoir constata, não sem amargura, que das 21 mil crianças que nascem anualmente em Paris, apenas mil são amamentadas pela mãe. Outras mil, privilegiadas, são amamentadas por amas-de-leite residentes. Todas as outras deixam o seio materno para serem criadas no domicílio mais ou menos distante de uma ama mercenária. São numerosas as crianças que morrerão sem ter jamais conhecido o olhar da mãe. As que voltarão, alguns anos mais tarde, ao teto familiar, descobrirão uma estranha: aquela que lhes deu à luz. Nada prova que esses reencontros tenham sido vividos com alegria, nem que a mãe tenha se apressado em saciar uma necessidade de ternura que hoje nos parece natural. Lendo os números do tenente de polícia da capital, não podemos deixar de fazer uma pergunta: como explicar esse abandono do bebê numa época em que o leite e os cuidados maternos representam para ele uma maior possibilidade de sobrevivência? Como justificar tamanho desinteresse pelo filho, tão contrário aos nossos valores atuais? As mulheres do Antigo Regime terão agido sempre assim? Por que razões a indiferente do século XVIII transformou-se em mãe coruja nos séculos XIX e XX? Estranho fenômeno, essa variação das atitudes maternas, que contradiz a idéia generalizada de um instinto próprio tanto da fêmea como da mulher! "
(*) "L'amour en plus", tradução Elisabeth Badinter, O Amor Incerto: História do Amor Maternal do sec. XVII ao sec. XX.- Lisboa 1998. - Editor: Relógio D' Água
quinta-feira, outubro 11, 2012
O mundo na minha pobre secretária
Gosto de pisa-papéis (ou pesa-papéis, esta coisa da foto com o pássaro). Gosto de mapas-mundos e de globos terrestres. E de navegações.
O meu pequeno mundo, digamos assim...
domingo, outubro 07, 2012
Firmeza
Firmeza
Música de Lopes Graça
Versos de José João Cochofel
"Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta."
"Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta."
sexta-feira, outubro 05, 2012
Contestações do 5 de Outubro: Tanta hipocrisia já chateia
Firmeza
Música de Lopes Graça
Versos de José João Cochofel
"Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta."
Foi esta a canção cantada por Ana Maria Pinto, cantora lírica que regressou em abril a Portugal, depois de sete anos a estudar e a viver em Berlim
Assinar:
Postagens (Atom)