Sim. Como poderia ter dito a raposa do Principezinho, a maioria das relações entre os homens (seres humanos, claro) baseia-se na dependência, no conformismo e na rotina.
A raposa não disse nada disso, portanto vou eu dizê-lo. Que estou aqui para escrever.
Tenho ouvido defender a rotina nos relacionamentos humanos como algo que não se pode evitar. Ouvi-o a uma amiga que morreu recentemente. Talvez por não ter entendido que a vida não é necessariamente uma chatice.
Que a amizade pode ser algo que começa de novo e para sempre, algo que pode e deve ser inventado.
Que o amor tem sido constantemente confundido com outras coisas.
Que a amizade e o amor só podem ser um milagre.
A ter sido inventado.
Por nós. Os actuais habitantes do planeta.
Porque já foram obrigatórios. E talvez ainda o sejam.
Porque a vida a sério é uma guerra aberta contra a mediocridade, a preguiça e o conformismo.
Porque a mizade, se não é, devia ser outra coisa.
Uma relação do espírito com o mundo. Contra a estupidez, a mediocridade, o conformismo, a banalidade, a monotonia, tudo coisas que devemos deixar dependuradas nas cordas de secar do tempo, para que venham a ter pertencido ao passado.
Graciete Nobre
(Texto escrito de improviso, a ser alterado)
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