segunda-feira, janeiro 19, 2009

Pardais

Uma vez comi um pardal. Eu teria talvez quatro anos e recordo duas versões dos factos, as duas parecendo-me igualmente verdadeiras.
Versão 1- o pardal pousou nos fios eléctricos e morreu electocutado.
Versão 2- um amigo que tinha nessa época, para aí tão pequeno como eu era, caçou-o com uma fisga.
A minha mãe cozinhou-o para mim e eu adorei, chamei-lhe um figo.
Nunca mais seria capaz de comer tal ave, ainda que o desejasse, pois gosto dos pardais vivos e livres, como gosto também das pessoas assim: vivas, livres e felizes.
Mas lembro-me perfeitamente de que gostei.



( Ver o blogue Terra Imunda nesta data)

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