Atravesso uma paisagem de folhagens verdes e amarelas, de rios e de plumas, de águas de lagoas, para finalmente chegar à casa de vidro perto do mar.
Nessa casa está uma mulher que nos fala da nossa alma. Como se a conhecesse.
Essa estranha que é a nossa alma, essa estranha que é essa mulher, aparecendo no meio das flores e dos lagos.
Uma mulher com o nome e o gosto de longínquos mares, com a voz rouca dos búzios, ressoante de futuras ondas, com que canta às vezes as passadas marés.
Graciete Nobre
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