Parece-me que os seus livros são reportagens muito exaustivas e parcamente romanceadas sobre um determinado assunto. Este assunto, neste livro, são mesmo vários: a origem do universo, o seu fim possível, a existência de Deus, Einstein e a bomba atómica, a CIA, o Hezbolla, os xiitas e os sunitas e um tipo caracterizado como parvo, que é a personagem central.
Apesar de tudo o que aqui escrevo, estou a gostar. Como não gostar? São assuntos interessantes e/ou da ordem do dia...
E acho que percebi aquela coisa do Big Bang, que nunca tinha entendido.
Mas não me venham com histórias: para além da vertente claramente comercial do livro, (que o tornará interessante em todo o mundo, sobretudo se a Oprah gostar dele, o que é pouco provável), o que vai este livro acrescentar ao panorama literário, seja ele português, europeu ou mundial?
Nada mesmo, julgo eu.
2 comentários:
Também li e gostei. Integra-se num tipo de livro interessante para quem aprecie o género, claro. Lê-se num ápice e proporciona muito bons momentos de leitura, alargando o leque de leitores que em Portugal continua reduzido. Mau, para mim é entrar em livrarias vazias de clientes. Todas as obras que fomentem a entrada de potenciais leitores em livrarias são de bem aventurados...
Desejo continuação de boa leitura
Entendo o que V. quer dizer.
o que pergunto é o seguinte: o que é feito da literatura propriamente dita, que tem milhares de anos de história e de evolução?
Quando vamos a uma exposição de pintura, estamos à espera de ver um pôr-do-sol muito bem pintado e que agrade a todo o mundo? É isso a arte?
A literatura propriamente dita é uma história bem contada que desperte o interesse como um livro policial?
Apenas quero polemizar o assunto, pois em Portugal não existem polémicas: apenas opiniões consensuais e "frustrados", ou seja, pessoas que não concordam com a maioria, mesmo que ela seja esmagadora, ou sobretudo se for esmagadora, como era no tempo do Salazar e outros.
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