No fundo do vale o ribeiro de águas mansas
macias e tranquilas nos espera
Corre sempre, levemente, lugar escondido de paz
Salgueiros de folhas glaucas como a água se inclinam
no seu curso em solene homenagem.
Para lá chegar temos que descer o monte:
Tojos, silvas, urtigas cor de esmeralda,
ásperas nos arranham a pele.
Não passes, dizem. Não procures o caminho
O ribeiro é um mistério que não deves desvendar
Volta para trás--dizem --pára!
A lua cheia ilumina docemente o ribeiro escondido
atravessando a sombra das altas árvores que o cercam
Parada entre salgueiros a pequena enseada
Devolve à lua os raios de luar
silenciosa homenagem da terra líquida ao universo vazio
O moinho abandonado recorda outros tempos que já foram.
Graciete Nobre
Construções agrárias antigas
Há 3 semanas
5 comentários:
Muito bonito. Tem a ver om os moinhos de Almarde, onde foste há anos?
Intebe
Ainda bem que gostaste. A minha amiguíssima Grazi escreveu isto, e, de forma não-poética, antes pelo contrário, dá conta da mesma experiência no blogue Terra Imunda em
http://terraimunda.blogspot.com/2008/10/nova-visista-de-estudo-feira-biolgica.html
N.B.: Se clicarmos duas vezes aqui, aparecem dois comentários iguais.
Palmas! Palmas! Lindo amiga.
Beijos
Andarilha
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