Santa Liberata era filha de um rei da antiga Lusitânia, que a queria casar com um príncipe. Como Liberata (reparar no nome) se queria dedicar toda ao Cristianismo e como o pai e o suposto noivo e o suposto sogro eram todos pagãos, uns ignorantes, uns burgessos, enfim, desculpem, entusiasmei-me...
Então a santa pediu a Cristo que a tornasse de tal mopdo feia que nunca homem nenhum olhasse para ela duas vezes. E assim foi sem tirar nem pôr: uma manhã amanheceu com umas horrendas barbas e com uma bigodaça medonha!
Ao ver isto, o pai, que aparentemente nem acreditava em milagres, acreditou que tinha sido um milagre. Achou que a culpa era dela e crucificou-a. Este pai teve três filhas todas santas, todas mártires, todas teimosas que nem... esta.
Os lusitanos são assim...
Em termos iconográficos, esta santa confunde-se com a imagem de Cristo: sendo uma mulher crucificada e de barbas, corresponde a uma tradição esotérica, talvez gnóstica, sem dúvida herética, segundo a qual Cristo pode ser representado como mulher.
De momento não tenho imagens, mas segue-se Santa Bárbara, a minha preferida, também teimosa como só uma feminista, uma revolucionária ou, quem diria, uma santa...
Construções agrárias antigas
Há uma semana
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