sexta-feira, julho 31, 2009

Oração a Santa Bárbara

Gosto da Santa Bárbara, como vocês já sabem, o que não quer dizer que acredite nela.
Gosto também daquilo que ela representa simbolicamente e da oração que lhe é consagrada.
Imaginem vocês que no Brasil, no Candomblé, existe um deus, talvez Óxum, que corresponde a Santa Bárbara. Disseram-me que era aquela fitinha verde escura da Baía.
Uma jovem rapariga grega, morta na flor da idade, na Idade Média, como é hoje recordada e porquê? Não sendo antropóloga, não sei responder e acho que ninguém sabe.

É invocada, sobretudo, como protetora contra a morte trágica e contra os perigos de explosões, de raios e de tempestades. Deveria ser também invocada pelos escritores, por deter os elementos essenciais da vida e da morte. E pela sua juventude eterna.

Oração a Santa Bárbara

Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus...


Falta o resto, que pode ser encontrado na Internet.
AQUI

domingo, julho 26, 2009

A Paisagem Não Tem Dono


Este edifício, talvez antigo armazém, fica nas docas, em Belém.
Esta frase (provocatória) está escrita na parede em duas línguas, Português e Inglês:

A Paisagem Não Tem Dono
Landscape Has No Owner

Será que não tem? Em lado nenhum?
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terça-feira, julho 21, 2009

Boas Notícias

A partir de agora, vai ser mais fácil ler em formato digital: existem, há muitos anos, e-books, aparelhos para ler que substituem os livros.
Mas ninguém quer esses aparelhos, todos preferem o objecto em papel, muitíssimo mais caro.
Também podem ser utilizados alguns telemóveis modernos, mas provavelmente virá a ser inventado um sistema que agrade a todos.
Não me choca ler um livro num e-book, embora nunca o tenha feito.
A prova disso é que os meus mais recentes livros já existem para download. Estou quase arrependida de ter pubicado o primeiro só em papel.
E não estou arrependida de não ter publicado nenhum mais cedo. É agora o tempo de o fazer.
Vocês nunca me ouvirão dizer que o meu tempo era melhor ou pior.
O meu tempo é este. E o que há-de vir.

Literatura digital
Barnes & Noble lança a maior e-livraria do mundo


Em suma,com este sistema digital, os livros são muitíssimo mais baratos e não ocupam espaço.
E não é necessário plantar e depois abater tantos eucaliptos.
Para os autores, em certos sistemas modernos que incluem este, também não é necessário aturar as exigências dos editores, nem a sua incompetência.

Com rendas de pedra

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Jardim e Basílica da Estrela

É uma das belas construções e um dos belos jardins de Lisboa
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domingo, julho 19, 2009

Já agora, uma explicação

Como ninguém lê e muito menos compra peças de teatro e teses, excepto as companhias de teatro, que não dão para fazer um mercado, e as pessoas que fazem teses sobre o mesmo tema, as editoras normalmente não publicam este tipo de livro.

É por isso que auto-publiquei estas e tenciono fazer o mesmo com uma tese que escrevi sobre Natália Correia.

É ainda possível não comprar o livro e sim fazer o download do texto e lê-lo no computador ou num e-book. Estes públicos específicos é o que farão, embora o livro só demore uma semana a imprimir e a chegar ao destino.

É claro que não oferecerei o livro a ninguém, em princípio, dado que tenho de o comprar primeiro.

É mais barato mandar vir vários do que só um, dado que o custo do transporte é o mesmo, mas podemos mandar vir livros de diversos autores. Ainda não sei como é se se encomendar na Amazon ou no Barnes and Noble, pois isso só será possível quando houver a versão definitiva, ou seja, dentro de alguns dias, acho ~eu.

quinta-feira, julho 16, 2009

As peças novas

Aquele sítio onde publiquei as peças dá para ler algumas páginas.
É a chamada Vista Prévia: clicar por cima das imagens aqui ao lado e por cima da vista prévia e nas setas para a frente e para trás.
Já os revi e alterei, porque estavam com letra muito pequena. Aumentou também o número de páginas, mas vou receber outras cópias antes de passar os projectos a definitivos e antes de irem para a Amazon.com e outros sítios.

sábado, julho 11, 2009

Nunca ter visto o mar

A peça que escrevi, "A Estalagem", baseia-se na ideia de alguém sonhar ver o mar porque nunca o viu. Procurei situá-la fora do tempo, não sendo possível afirmar em que época se passa, nem em que país. Chamo a isto o teatro da alma, pois é a alma humana que aqui se apresenta, desligada das circunstâncias materiais.

Teremos tendência para pensar que já não há ninguém que nunca tenha visto o mar, mas não será assim. Haverá sem dúvida muito menos gente do que há décadas, sobretudo em Portugal, país estreito, todo ele à beira-mar.

De facto, há 50 anos em Portugal, havia muitas pessoas que viviam em aldeias e que nunca sequer tinham ido à povoação mais próxima, muito menos a uma cidade e, embora vivessem a 20 Kilómetros do mar ou até mesmo menos, nunca o tinham visto. Também não o tinham visto na televisão e é pouco provável que o tivessem admirado em fotografias ou postais. Isto acontecia sobretudo com mulheres, pois os rapazes, pelo menos alguns, iam à tropa e para isso ficavam até a conhecer as maiores cidades do país.

Serve esta reflexão também para salientar como o nosso tempo é tão diferente de todos os que existiram anteriormente: a situação que referi existia há 50 anos e também há 500 ou 2000, mas em Portugal já deve ser rara a pessoa que nunca saiu da sua terra e que nunca viu o mar. É claro que ainda as há... menos ainda alguém que nunca o tenha visto na televisão... mas no mundo, há de certeza milhões de pessoas que nunca o viram de nenhuma maneira.
Raramente pensamos nessas pessoas. Na verdade, nunca pensamos.

segunda-feira, julho 06, 2009

A Ilha das Cruzes

Já agora, este pormenor: A Estalagem tem um estilo parecido com Imaginália, mais do género do que escrevo às vezes neste blogue quando escrevo bem. A Ilha das Cruzes tem um estilo cómico, pois é uma comédia, no género do que escrevo às vezes no Terra Imunda.
A acção decorre num tempo indefinido, talvez século XVII ou XVIII, em que se fazia a carreira regular para a Índia.
Sinopse:
Duas prostitutas e uma judia muito convencional estão a fazer a viagem, na intenção de começarem vida nova nessa terra, mas uma das raparigas envolve-se com um dos pilotos e as três são expulsas pelo padre que manda na nau e são abandonadas numa ilha deserta.
Quando já se encontram muito bem instaladas na terra, que é uma ilha de abastecimento, ou seja, tem alimentos e água potável, embora não seja cultivada , aparecem lá... adivinhem quem...
O padre e o piloto, que são náufragos, uma vez que a nau naufragou e o piloto salvou o outro.
Com pessoas tão diferentes a viverem numa pequena terra em que não há mais ninguém, A Ilha das Cruzes, imaginem o resto. Podem também tentar imaginar a razão do título...
A intriga baseia-se na realidade, pois os padres e frades mandavam expulsar mulheres que ofendiam o seu conceito de religião ou de moral. Abandonavam-nas em qualquer parte na costa africana.
Quando comecei a escrever esta peça, era minha ideia fazer uma tragédia, dado que o tema é tão dramático, mas saiu uma comédia.

quinta-feira, julho 02, 2009

Pronto, Cá está!

Cá está o original, A Estalagem e mais uma peça, A Ilha das Cruzes. Uma tragédia seguida de uma comédia.
Andava há Séculos para publicar estes dois textos, mas há sempre um momento para tudo.