Cerejeira em flor com povoação ao fundo: Real, em Castelo de Paiva
sexta-feira, março 28, 2008
quarta-feira, março 26, 2008
Flores de árvore de fruto - talvez cerejeira
Se eu fosse chinesa...
Colheria todas estas flores para as dispor como decoração na minha casa, renunciando aos frutos.
Depois, fazia um poema sobre as flores da macieira, da cerejeira, do pessegueiro.
Se eu fosse japonesa...
Mesmo assim, tirei uma fotografia...
sexta-feira, março 21, 2008
quinta-feira, março 20, 2008
Plantas felizes
Fui à janela e vi, num jardinzito modesto, as plantas encharcadas pelas últimas chuvas torrenciais. São plantas felizes.
Com a idade e a consciência do tempo, aprendi a tirar prazer destas pequenas coisas, a felicidade das plantas, a mudança, os pequenos momentos e os pequenos dias sem importância.
Com a idade e a consciência do tempo, aprendi a tirar prazer destas pequenas coisas, a felicidade das plantas, a mudança, os pequenos momentos e os pequenos dias sem importância.
segunda-feira, março 17, 2008
Magnólia Branca
Plantei uma vez uma magnólia que deveria dar flores brancas.
Plantei-a em homenagem à Natália Correia, que gostava de flores vivas, não colhidas, flores na planta.
Passaram-se muitos anos: a magnólia, segundo dizem, tem dado muitas flores brancas e grandes. Dizem que está muito bela, quando se põe em flor.
Pessoalmente, nunca vi.
Plantei-a em homenagem à Natália Correia, que gostava de flores vivas, não colhidas, flores na planta.
Passaram-se muitos anos: a magnólia, segundo dizem, tem dado muitas flores brancas e grandes. Dizem que está muito bela, quando se põe em flor.
Pessoalmente, nunca vi.
quinta-feira, março 13, 2008
O Místico Milarepa
"Conta-se sobre um grande místico, Milarepa:Quando foi encontrar seu mestre no Tibete ele era tão humilde, tão puro, tão autêntico, que os outros discípulos ficaram com inveja dele. Era certo que ele seria o sucessor. E é claro, que havia política envolvida, assim eles tentaram matá-lo.Um dia disseram a ele, “Se você realmente acredita no mestre, pode pular da montanha? Se você realmente acredita, se tiver confiança, então nada irá lhe acontecer, você não irá se machucar.” E Milarepa saltou, sem hesitar por um momento sequer. Eles correram para baixo, pois era uma queda de quase mil metros. Eles desceram esperando encontrar os ossos dele espatifados, mas encontraram-no sentado numa postura de lótus, muito feliz, imensamente feliz. Ele abriu os olhos e disse, “vocês estão certos, confiança protege.”Pensaram que isso devia ser alguma coincidência. Uma outra vez, quando uma casa estava pegando fogo, disseram a ele: "Se você ama seu mestre e confia nele, você pode entrar lá.” Ele entrou correndo para salvar uma mulher e seu filho que estavam lá dentro. O fogo era tão intenso que os outros discípulos esperavam que ele morresse – mas quando ele saiu com a mulher e a criança, não havia sequer uma queimadura em seu corpo. E ele ficou ainda mais radiante, pois a confiança protege.Um outro dia eles estavam indo a algum lugar, e tinham que atravessar um rio, e disseram a ele, “Você não precisa ir no barco. Você tem uma confiança tão grande, que pode andar sobre o rio” – e ele andou.Essa foi a primeira vez que o mestre o viu fazendo essas coisas. Ele não sabia que tinham dito a Milarepa que pulasse da montanha ou entrasse na casa em chamas. Mas dessa vez ele estava ali na outra margem e ele viu Milarepa caminhando sobre as águas e disse: “O que você está fazendo? Isso é impossível!”E Milarepa disse, “Não é impossível de jeito nenhum! Estou fazendo isso através de seu poder, meu senhor.”Então o Mestre pensou, “Se meu nome e meu poder podem fazer isso a esse homem estúpido e ignorante, imagine comigo. E eu mesmo nunca tentei..." Assim ele tentou fazer o mesmo. Ele afogou-se. Nunca mais se ouviu falar nele depois desse dia."
VER AQUI
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terça-feira, março 11, 2008
A Infância: os Pássaros
Estava eu com o corpo todo suspenso.
As mãos arranhadas. Os joelhos esfolados.
Em riscos de cair ao chão, muitos metros baixo.
Os dedos das mãos metidos no buraco do muro, entre duas pedras, enfim, entre várias pedras.
Os dedos dos pés metidos no buraco do muro, entre as pedras agudas e quentes do sol.
O corpo em precário equilíbrio, quase a cair.
Mas em mim só existiam os olhos: só via!
E, alguns segundos antes de cair, ainda consegui vislumbrar a completa maravilha:
Três passarinhos minúsculos com os bicos abertos, cantavam. No minúsculo ninho, na parede de pedra.
Eu já antes tinha caído, é claro,
Com os joelhos esfolados, doridos, e muito feliz, fui contar à minha mãe:
- Mãe, eu sei um ninho! Olhe Ali! Tão pequeninos e cantam tanto! De biquitos abertos.
Douro litoral: socalcos: muros feitos de bocados de pedras: crianças felizes descobrem ninhos.
As mãos arranhadas. Os joelhos esfolados.
Em riscos de cair ao chão, muitos metros baixo.
Os dedos das mãos metidos no buraco do muro, entre duas pedras, enfim, entre várias pedras.
Os dedos dos pés metidos no buraco do muro, entre as pedras agudas e quentes do sol.
O corpo em precário equilíbrio, quase a cair.
Mas em mim só existiam os olhos: só via!
E, alguns segundos antes de cair, ainda consegui vislumbrar a completa maravilha:
Três passarinhos minúsculos com os bicos abertos, cantavam. No minúsculo ninho, na parede de pedra.
Eu já antes tinha caído, é claro,
Com os joelhos esfolados, doridos, e muito feliz, fui contar à minha mãe:
- Mãe, eu sei um ninho! Olhe Ali! Tão pequeninos e cantam tanto! De biquitos abertos.
Douro litoral: socalcos: muros feitos de bocados de pedras: crianças felizes descobrem ninhos.
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sábado, março 08, 2008
Dia da Mulher
Hoje é o dia da mulher.
Parabéns a todas as mulheres livres, desejando que, um dia, todos os seres, humanos ou outros, sejam assim.
Se há seres que gostam de não ser livres, que isso seja um dia uma escolha como qualquer outra.
Parabéns a todas as mulheres livres, desejando que, um dia, todos os seres, humanos ou outros, sejam assim.
Se há seres que gostam de não ser livres, que isso seja um dia uma escolha como qualquer outra.
quinta-feira, março 06, 2008
Os que voam: observemos os pássaros
Os pássaros ocupam só um pequeno espaço na nossa vida.
Um espaço escondido, quase esquecido e carinhoso.
Um sorriso leve. Sentir a suavidade e a leveza das penas contra a pele do rosto e dos lábios como quando uma vez achámos um ninho. O cheiro desconhecido das penas, dos ovos e do ninho. Um cheiro que é das aves. Um cheiro a liberdade. Dos que não pertencem à terra. Dos que voam.
(isto foi escrito em cima do joelho: a alterar)
Um espaço escondido, quase esquecido e carinhoso.
Um sorriso leve. Sentir a suavidade e a leveza das penas contra a pele do rosto e dos lábios como quando uma vez achámos um ninho. O cheiro desconhecido das penas, dos ovos e do ninho. Um cheiro que é das aves. Um cheiro a liberdade. Dos que não pertencem à terra. Dos que voam.
(isto foi escrito em cima do joelho: a alterar)
sábado, março 01, 2008
Ainda os pássaros: é o tempo deles...
Gosto de pássaros, por isso nunca tive nenhum
Sempre me pareceu a posse menos importante do que a liberdade
A deles e a minha
Sempre me pareceu a posse menos importante do que a liberdade
A deles e a minha
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